ABRH Brasil

 Supergasbras, Eletrobras, Cieds e UFF são os grandes vencedores

Na 38ª edição, o Prêmio Ser Humano da ABRH-RJ foi entregue na noite da última segunda-feira, durante o Encontro de RH para RH, realizado pela associação no Hotel Hilton Copacabana, na capital fluminense.

O presidente da associação, Paulo Sardinha – eleito para presidir a ABRH-Brasil no triênio 2019-2021 –, destacou que os temas abordados neste ano, em todas as categorias, foram mais pautados pelo aspecto social, demonstração de que o RH tem atuado além dos muros das organizações, em uma ligação direta com a sociedade.

“O profissional de Recursos Humanos está se revelando, cada vez mais, um bom interlocutor institucional entre as organizações e a sociedade. Esses prêmios mostram que essa relação está se fortalecendo, então, temos uma nova onda no perfil do profissional, uma nova onda na agenda de RH, pautada por um viés mais social”, avalia.

Ele comemorou o aumento no número de trabalhos acadêmicos inscritos em 2018. “Isso é um diferencial que mostra uma maior proximidade das universidades com o mundo corporativo”, destaca Sardinha.

OS CASES CAMPEÕES

Vencedora da categoria Médias e Grandes Empresas, a Supergasbras foi representada por Aline Drumond e Fernanda Cancio, coordenadoras de T&D (ao centro). Com elas, Lucia Madeira, presidente eleita ABRH-RJ e José Luiz Trinta, diretor Trevisan Escola de Negócios, patrocinadora do evento. Foto: Rosane Naylor

A Supergasbras Energia foi a grande vencedora da categoria Média e Grandes Empresas com o case O Instituto de Desenvolvimento Supergasbras. A plataforma de treinamento corporativo on-line, lançada em 2015, promove o desenvolvimento profissional de funcionários e colaboradores por meio da capacitação técnica e comportamental.

Segundo Fernanda Cancio, coordenadora de T&D da Supergasbras, o instituto foi criado para ser acessível a todos, independentemente do estado, cargo ou área. “É uma maneira de democratizar os conteúdos e possibilitar o crescimento na carreira alavancada pelo conhecimento, desde funcionários que atuam em nível operacional até gerentes e executivos”, explica. A empresa concorreu com outras sete, entre elas a Unimed Volta Redonda, que conquistou o segundo lugar da categoria com o case Talentos para o Futuro.

Performance humana
Já na categoria Setor Público, quem levou o troféu foi a Eletrobras Termonuclear, com o case Programa de Performance Humana, que usa a Psicologia para identificar e reduzir a ocorrência de erros humanos.

Segundo Bernadete Baptista, chefe do Departamento de Carreira, Remuneração e Desenvolvimento de Pessoal da companhia, o trabalho é feito por intermédio da sistematização de ações que promovem a melhoria no desempenho dos empregados, visando à segurança.

“O objetivo principal é a prevenção do erro humano, porque lidamos com energia nuclear, atividade em que precisamos atingir o nível zero de erro humano. A equipe multidisciplinar realiza um trabalho baseado no comportamento humano ante ações dessa natureza, cujo valor número um é a segurança”, pontua Bernadete, que acompanha uma redução expressiva do índice de erros na Eletrobras desde 2008, quando o programa foi criado.

Inclusão de jovens
A justiça social foi foco do Cieds – Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável, vencedor na categoria Terceiro Setor. Intitulado Um trabalho muda uma vida: Projeto de vida e empregabilidade para jovens em medida socioeducativa por meio do Programa Jovem Aprendiz, o projeto relata a experiência do Cieds com a inclusão de jovens aprendizes, em medidas socioeducativas, na própria instituição.

O programa oferece oportunidade de ressocialização aos jovens, aumentando as chances de eles encontrarem um emprego após o cumprimento da medida socioeducativa. Para, Fábio Müller, diretor executivo do Cieds, o trabalho tem o potencial de mudar a vida das pessoas.

“Quando reinserimos esses jovens que estão em situação de medida socioeducativa e que, muitas vezes, estão totalmente à margem da sociedade, oportunizamos uma real chance de transformar a vida dele. Frequentemente, esse jovem tem sido rotulado pela sociedade como integrante da geração ‘nem, nem’, ou seja, aquela que nem estuda, nem trabalha. Nós, porém, preferimos chamar de ‘sem, sem’ – sem escola e sem oportunidade. Se garantirmos essas oportunidades, eu tenho certeza de que é possível transformar a vida deles”, avalia Müller. Em apenas um ano, o programa  ajudou a ressocializar 33 adolescentes.

RH e compliance
Na categoria Trabalhos Acadêmicos, o case vencedor foi Lei anticorrupção e papel da área de Recursos Humanos no compliance, de Paula Camargo de Freitas, advogada e especialista em Gestão de Recursos Humanos.

De acordo com ela, o objetivo foi identificar de que forma os profissionais de Recursos Humanos podem contribuir para a área de compliance, prevenindo casos de corrupção praticada por empregados e aplicando penalidades legais nas empresas brasileiras.

“O RH desempenha um papel muito importante na construção de uma ética corporativa. O setor é capaz de construir a internalização de uma cultura ética nas empresas, colocando em voga as políticas de controle interno e de gestão, e até visando uma perspectiva mais eficaz na atuação do RH, migrando de uma postura reativa para a proativa. Com uma visão ampla, é possível construir uma sociedade melhor”, opina a vencedora.

ILUSIONISMO
O momento de descontração da noite foi protagonizado pelo coach executivo e sócio-diretor da GDG Desenvolvimento Humano, Gerardi Pereira, que fez apresentações de ilusionismo e recorreu ao universo lúdico da mágica para abordar situações do dia a dia das organizações com muito bom humor. O Prêmio Ser Humano 2018 foi patrocinado pela Trevisan Escola de Negócios.