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Como se tornar CEO? Tem de fazer um curso específico? Veja o que dizem especialistas

Formação generalista, boa visão de contexto e inteligência emocional são algumas das características das lideranças no posto de comando das empresas.

Quais são os passos que levam alguém a chegar ao cargo de CEO (Chief Executive Officer) em uma empresa? No Brasil, o cargo de CEO também é conhecido como diretor-executivo ou presidente e se refere àquele que está no topo da hierarquia organizacional.

É quem deve definir caminhos estratégicos junto com outros profissionais administrativos, motivar os colaboradores e ainda levar a visão de negócio para fora dos muros da empresa. Uma pessoa pode ficar conhecida como o rosto que representa uma marca.

Para responder à pergunta de como se tornar um CEO, o Estadão conversou com Paulo Sardinha, presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), e com Marco Tulio Zanini, professor pesquisador da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ebape).

Apesar de não haver uma fórmula ou um caminho certo, existem habilidades que, quando exercitadas, podem auxiliar na conquista da carga. Confira as dicas:

  1. Tenha formação generalista, mas saiba ampliar o conhecimento

 

Não precisa ser especialista em alguma área, mas o conhecimento básico em vários pode ajudar a ter mais liberdade na hora de negociar e tomar decisões em conjunto com o conselho administrativo da empresa.

Para o presidente da ABRH, Paulo Sardinha, o CEO é geralmente um profissional generalista, que precisa saber um pouco de tudo, como finanças e logística.

“Ele vai ter uma formação, seja em administração, engenharia, ciências humanas, mas isso não basta. Ele precisa ampliar a gama não só de habilidades, mas de conhecimento”, ressalta.

Marco Tulio Zanini observa que saber o básico de finanças é um ponto crucial, visto que muitas corporações ainda são apegadas à linguagem dos números.

 

  1. Exercite a inteligência emocional

 

Qualquer pessoa pode se beneficiar do desenvolvimento da inteligência emocional, mas se você quiser se tornar CEO, é importante que desenvolva essa habilidade antes mesmo de chegar ao cargo.

Pense nisso como um diferencial que pode valorizar sua trajetória e ainda impactar positivamente nas relações com colegas de trabalho e equipes subordinadas.

 

  1. Tenha visão de contexto

 

Saiba quais são os novos movimentos tecnológicos, econômicos e políticos, principalmente dentro da área de atuação da empresa.

“Se você faz uma boa leitura do contexto, você consegue se planejar mesmo dentro da instabilidade”, afirma Zanini.

Ele ainda aconselha que o profissional saiba definir um bom planejamento estratégico e usufrua dessa visão para decidir quando lançar um novo produto.

De acordo com Sardinha, essa prática enfatiza uma característica benéfica no CEO: a capacidade de transitar diante dos problemas e das oportunidades.

 

  1. Prepare seus sucessores

 

É esperado que a empresa tenha continuidade, por isso um grande diferencial de quem quer ser CEO é ter uma mentalidade de liderança com foco em preparar sucessores.

É preciso transmitir conhecimento e saber comunicar muito bem qual é o desempenho esperado de cada um.

 

  1. Faça networking

 

Ampliar as relações ajuda o profissional a construir um repertório e conhecer novas visões de negócio. Para Zanini, essa busca por conexões tem dois pontos positivos: “Você é percebido no mercado de CEO, quase como entrar em um clube, e desenvolve uma visão consolidada sobre o que está acontecendo ao seu redor”.

Outras dúvidas sobre CEO:

Ter um MBA é essencial para se tornar CEO?

É uma alternativa, afinal, um CEO também pode ter mestrado ou doutorado. Zanini declara que o MBA foi mais cobrado no passado. “Pode até ser valorizado se feito em uma boa escola de negócios, mas hoje não é um pré-requisito”.

 

Em qual setor é mais fácil se tornar CEO?

De acordo com Zanini, o setor de serviços em geral é o que mais emprega e o que mais cresce. “Hoje, provavelmente, é o que mais exige das pessoas com habilidades de encontrar respostas rápidas e que tenham visão de contexto”, afirma.

 

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